Na 1ª parte deste tema - métodos contraceptivos-, foram descritos os métodos hormonais que tens à tua disposição para evitar uma gravidez indesejada.
Esta 2ª parte descreve os outros métodos contraceptivos que existem.
Desta forma, ficas com conhecimento de todos os métodos contraceptivos que existem, para que estejas informada(o) e possas tomar a decisão correcta na hora de decidires.
MÉTODOS DE BARREIRA
Os métodos de barreira actuam impedindo o esperma de entrar no útero.
Existem diferentes métodos disponíveis e, antes de rever os métodos individualmente, vale a pena considerar os prós e os contras gerais da utilização de um método de barreira.
Existem diferentes métodos disponíveis e, antes de rever os métodos individualmente, vale a pena considerar os prós e os contras gerais da utilização de um método de barreira.
Vantagens:
- São uma opção para mulheres que não podem ou não querem utilizar contracepção hormonal;
- O preservativo é a única forma de contracepção que oferece protecção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis, se utilizado adequadamente,
- Protegem contra uma gravidez indesejada sem actuarem no ciclo hormonal e de fertilidade natural, não existindo efeitos secundários.
Desvantagens:
- Podem interferir na espontaneidade, sensação e prazer;
- São menos seguros que os métodos hormonais na prevenção de uma gravidez indesejada;
- Podem necessitar de prática até serem utilizados eficazmente.
Preservativo masculino
É um protector de borracha muito fina que tem de ser desenrolado no pénis quando este já está erecto, antes da penetração. É fechado numa extremidade apresentando uma bolsa que retém o esperma após a ejaculação.
Modo de utilização:
1º - Abrir a embalagem com cuidado para não danificar o preservativo;
2º - Colocar o preservativo no início do acto sexual, com o pénis em erecção e antes de qualquer contacto,
3º - Aplicar o preservativo sobre a glande, assegurando-se de que o reservatório não fica insuflado; empurrar o anel do preservativo, desenrolando-o até à base do pénis;
4º - Retirar logo após a ejaculação. Dar um nó na extremidade aberta do preservativo e deitar fora num local conveniente;
Utilizar uma só vez,
Conservá-los ao abrigo do calor e da humidade,
Se for necessário o uso de lubrificantes, não optar pelos oleosos, como vaselina; utilizar lubrificantes aquosos (à base de água).
Protege contra IST`s, se utilizado adequadamente.
Pode ser utilizado com outro método contraceptivo, para a prevenção das IST`s e, como coadjuvante, na protecção contra a gravidez.
Conservá-los ao abrigo do calor e da humidade,
Se for necessário o uso de lubrificantes, não optar pelos oleosos, como vaselina; utilizar lubrificantes aquosos (à base de água).
Protege contra IST`s, se utilizado adequadamente.
Pode ser utilizado com outro método contraceptivo, para a prevenção das IST`s e, como coadjuvante, na protecção contra a gravidez.
Preservativo feminino
O que é?
Uma “manga” de poliuretano (borracha) que se coloca dentro da vagina da mulher.
Existe um anel flexível em cada uma das extremidades de modo a manter o preservativo feminino colocado. A extremidade do preservativo que está fechada reveste o colo do útero e a extremidade aberta é posicionada à entrada da vagina.
Protege contra IST`s, é mais resistente que o preservativo masculino, não estando disponível em todos os países, nomeadamente Portugal e requer prática para uma utilização correcta.
O DIU é um pequeno dispositivo de plástico, flexível, com um enrolamento de fio de cobre. Tem de ser colocado no útero por um médico.
Mantêm a sua eficácia contraceptiva durante 3-5 anos (dependendo do tipo).
Não é geralmente o método de escolha para mulheres que ainda não tiveram filhos ou mulheres com anemia.
O DIU evita a gravidez, prevenindo o encontro entre o espermatozóide e o óvulo, por imobilização dos espermatozóides no seu percurso até às Trompas de Falópio ou modificando as condições de desenvolvimento do endométrio, no caso de o óvulo ter sido fecundado.
O diafragma é um dispositivo de borracha ou silicone que tem um aro flexível que se coloca na vagina de modo a proporcionar uma barreira entre o esperma do homem e a entrada do útero.
Necessita, no entanto, da intervenção de um médico que avalie a medida correcta do colo do útero e que ensine à mulher a forma de colocação e os cuidados a ter.
Deve ser inserido antes da relação sexual e pode ser utilizado juntamente com um espermicida. Deve manter-se colocado durante pelo menos seis horas depois da relação sexual (e não mais de 24 horas).
Requer prática para uma utilização correcta.
Em Portugal o diafragma não é comercializado.
Espermicidas
Existem sob a forma de creme, espuma, geleia, óvulos e esponja vaginal.
É introduzido com o dedo ou com um aplicador profundamente na vagina e deve ser aplicado 5 a 10 minutos antes do acto sexual, excepto as esponjas cervicais que podem ser inseridas horas antes.
É introduzido com o dedo ou com um aplicador profundamente na vagina e deve ser aplicado 5 a 10 minutos antes do acto sexual, excepto as esponjas cervicais que podem ser inseridas horas antes.
É um método contraceptivo que age quimicamente inactivando os espermatozóides contidos no esperma.
São métodos contraceptivos pouco eficazes, podem causar alergias e não protegem das IST`s.
OUTROS MÉTODOS:
Abstinência periódica
É necessário um grande envolvimento do homem e uma estreita colaboração entre o casal;
Para ser eficaz, necessita de ser utilizado de forma muito rigorosa.
Não tem efeitos colaterais físicos;
Pode não ser possível utilizar o método quando houver febre ou infecção vaginal, no pós-parto e durante o aleitamento.
Como desvantagens:
Pode requerer um longo período de abstinência, o que não é aceitável para alguns casais,
Geralmente são necessários 6-12 ciclos para aprender a identificar o período fértil,
É necessária uma atenção cuidada das modificações fisiológicas do corpo e o registo diário de dados pela mulher,
Não protege contra IST`s.
Tipos:
Método do calendário ou de Ogino-Knaus
Método das temperaturas basais
Método do muco cervical
Método do calendário:
É um método que consiste em anotar durante mais ou menos um ano a duração dos ciclos menstruais. Deves então encontrar o teu ciclo mais curto e o teu ciclo mais longo. No artigo de Junho 2008, está descrito em pormenor a forma de encontrares o teu período fértil.
Método das temperaturas basais:
Baseia-se no facto de ocorrer uma subida da temperatura basal da mulher, na altura da ovulação.
Método do muco cervical:
Baseia-se na observação das alterações que se verificam ao longo do ciclo menstrual, no aspecto e consistência do muco que o colo do útero produz. Na altura da ovulação, adquire uma aparência de clara de ovo, com grande elasticidade (filância). Este muco filante, facilita a entrada dos espermatozóides no útero.
O aparecimento de muco cervical deve alertar para a possibilidade de gravidez: o casal deve então abster-se de ter relações sexuais ou usar um preservativo.
Contracepção cirúrgica
Contracepção cirúrgica
Esterilização feminina – Laqueação das Trompas
É um procedimento cirúrgico que interrompe ou bloqueia as Trompas de Falópio e, assim, o óvulo não consegue viajar ao encontro do espermatozóide.
A esterilização é utilizada apenas por pessoas que decidiram definitivamente que não querem ter filhos, agora e de futuro.
Considera-se um método de contracepção permanente e pode reduzir a responsabilidade daqueles que já completaram a sua família.
Ocasionalmente, pode haver um fracasso técnico durante o procedimento quando as Trompas de Falópio reabrem ou quando a obstrução não é completa.
Esterilização masculina – Vasectomia
É um método cirúrgico que laqueia os canais que transportam o esperma, pelo que o homem continua a poder ejacular, mas não existem espermatozóides.
A operação cirúrgica afecta apenas a função reprodutiva e não tem qualquer efeito no desejo ou na capacidade de manter relações sexuais.
Este método de contracepção é permanente e adequa-se apenas às pessoas que não querem ter filhos.
Tanto a Vasectomia como a Laqueação das Trompas não protegem contra IST`s.
Helena Bento
Bibliografia: Direcção Geral da Saúde - Programa Nacional de Saúde Reprodutiva - Saúde Reprodutiva Planeamento Familiar, ed. revista e actualizada. Lisboa, 2008