Homossexualidade:
“Não existe preconceito pior do que o de acreditar não ter preconceitos” (Bobbio, 2002)
A adolescência é uma fase da tua vida em que muitas mudanças ocorrem e é muitas vezes vivida com conflitos, pressões e questões a resolver. Uma delas, a identificação com a orientação sexual, é um dos marcos ESSENCIAIS para a passagem à vida adulta. Antes de mais, se decidires assumir-te como homossexual (gay ou lésbica) ou bissexual é necessário que estejas completamente seguro da tua orientação sexual. Pensa se tens mesmo a certeza desta opção porque ao falares do assunto com alguém, se não estiveres seguro da tua escolha, vai ser mais difícil para ti e para com quem fores falar. Apesar de esta ser uma experiência diferente para cada um, devido a estereótipos (ideias erradas sobre algum assunto) que ainda existem na sociedade, este pode ser um período difícil da tua vida. Acontece frequentemente acharem que estão a dececionar os outros, em particular, os pais ou pensarem que se podem estar a afastar da “maioria” ao assumirem-se como homossexuais ou bissexuais. Nesta fase, há pessoas que se sentem desamparadas e sem procurarem a ajuda da família e amigos, podem comprometer a saúde física e psicológica, baixar a autoestima, o rendimento escolar ou até, em alguns casos, pensarem em suicídio. Para além dos amigos, procura a tua família ou alguém de confiança para desabafares, para ser o teu confidente, não só se tiveres que enfrentar estereótipos ou discriminação, mas em qualquer momento da tua vida. Procura alguém em quem confies e que te possa ajudar ou esclarecer, no caso de teres alguma dúvida, algum problema ou simplesmente para partilhar algo. Para isso, precisa de ser uma pessoa com uma mente aberta e que te compreenda. Os amigos e família são muito importantes! Por isso, nunca te esqueças… «A família, “de sangue ou não”, é um grupo muito especial. É nela que construímos o nosso bem mais precioso: as nossas ligações de afeto entre pais, filhos e irmãos. Todos temos uma necessidade especial, que é a necessidade de pertencer. Precisamos de ter algum laço afetivo com alguém, seja este alguém um companheiro ou uma companheira, um filho, um amigo, um parente; seja com quem for, precisamos de ter uma ligação que nos faça pertencer!» (Ferrari, Carvalho, 2011). Mais do que uma opção, a homossexualidade é uma forma de realização pessoal.
Por isso, o preconceito é sempre destrutivo, seja para quem for e em que situação for!
Podes também vir falar connosco, às quartas-feiras, no Centro de Saúde de Santa Maria da Feira, das 14 às 18:00h.
Links importantes
Associação de Jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros
http://portugalgay.pt/assumir/index.asp?2
Fonte: Bobbio (2002); Ferrari, Carvalho, (2011); http://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?codigo=AOP0278; Silva (2012); Silva(2011)
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